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Superlua dos Cervos ocorre nesta quarta: veja dicas para observação e curiosidades

A noite de quarta-feira (13/7) terá a atração da Superlua dos Cervos, quando o satélite atingirá seu ponto mais próximo da Terra em 2022 em seu movimento de órbita – o que representará uma distância de 357.263 quilômetros.

É a segunda vez no ano que ocorre um fenômeno deste tipo, depois da Superlua de Morango do mês passado.

“Superlua é um termo popular para quando a fase de lua cheia acontece no ‘perigeu-syzígia’, ponto em que a Lua fica mais próxima da Terra na sua órbita. Essa superlua de julho tem o diferencial de estar mais próxima do que a do mês passado”, diz Cassio Barbosa, astrofísico do Centro Universitário da FEI.

“Ela aparece no céu um pouco maior do que habitualmente e um pouco mais brilhante. Em locais muito escuros, dá para perceber um aumento de brilho.”

Uma sugestão em todo o Brasil é fazer a observação logo após a Lua surgir, aproximadamente às 17h45, e tentar um local com horizontes mais amplos.

“Para que você tenha elementos para comparar o tamanho, como uma árvore, um prédio, uma montanha. Envolve um fenômeno de ilusão de ótica”, diz o astrofísico. Nosso cérebro percebe a Lua desta forma quando o satélite é observado nessas condições.

O nome Lua dos Cervos está relacionado à época em que a galhada desses animais volta a crescer e faz parte da tradição da tribo indígena Algonquin, do nordeste do Canadá.

Ela também é chamada no Hemisfério Norte de Lua de Trovão por causa da associação com as pancadas de chuva do verão nessa parte do mundo, afirma Barbosa.

“Superlua” não é um termo oficial da astronomia, que se refere a este fenômeno como “lua cheia perigeana”.

O nome “superlua” foi criado em 1979 pelo astrólogo americano Richard Noole para designar “uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega ou está perto (pelo menos 90%) de sua maior proximidade da Terra”.

No entanto, o termo se popularizou como uma referência a quando a Lua está cheia nesta posição.

Conforme explica a Nasa, isso ocorre porque o satélite orbita a Terra em uma trajetória elíptica a cada 27,3 dias. Assim, ela se aproxima e se afasta do nosso planeta conforme percorre esse caminho.

Maio teve eclipse e lua de sangue

Pouco depois da 0h30 de 16 de maio, no horário de Brasília, a Terra orbitou exatamente entre o Sol e a Lua por alguns minutos.

A Lua ficou eclipsada pela Terra e adquiriu temporariamente uma cor vermelha escura profunda.

Isso acontece porque a luz solar é projetada através da atmosfera da Terra para a superfície sombreada da Lua.

No Brasil e nos Estados Unidos, onde houve céu limpo, o espetáculo foi plenamente apreciado. Na Europa, o fenômeno só foi visível por um curto período de tempo.

“Se você fosse um astronauta na Lua, olhando para a Terra, veria um anel vermelho se expandindo ao redor do nosso planeta”, disse Gregory Brown, astrônomo do Observatório Real de Greenwich, em Londres, em entrevista à BBC.

Veja imagens do fenômeno em diferentes países:

Este fim de semana a Lua ficou vermelha
Na última madrugada, a Lua ficou vermelha
 
Na Grécia, pessoas se reuniram no Templo de Poseidon, perto de Atenas, para observar a Lua antes do eclipse total
Na Grécia, pessoas se reuniram no Templo de Poseidon, perto de Atenas, para observar a Lua antes do eclipse total
 
A super lua de sangue vista da Macedônia do Norte
A super lua de sangue vista da Macedônia do Norte

 

Super lua de sangue vista em Nova York
Super lua de sangue vista em Nova York
 
Superlua vista acima do obelisco de Washington, capital dos EUA
Superlua vista acima do obelisco de Washington, capital dos EUA
 
Superlua de sangue vista na Hungria
Superlua de sangue vista na Hungria

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