O programa de lançamento de foguetes e mísseis de cruzeiro se concentra no Comando de Artilharia do Exército e são realizados na base, que, segundo o Exército, tem 115 mil hectares, o equivalente à cidade do Rio de Janeiro.
Conforme a corporação, a base militar tem espaço equipado com tecnologia para controlar o trajeto dos mísseis de cruzeiro e foguetes, de onde é possível acompanhar o caminho que o armamento faz até atingir o alvo.
“Foguete desgovernado”
No último mês de maio, um dos foguetes saiu da rota programada e atingiu uma plantação no município de Formosa, no Entorno do Distrito Federal (DF). Ninguém ficou ferido.
À época, lavradores contaram que se assustaram com a queda de um foguete do Exército Brasileiro em uma plantação de sorgo em Formosa (GO).
“Eu vi o foguete vindo, achei que ia cair na área do Exército, mas caiu próximo à gente. Uma distância de mais ou menos uns 100 metros. Foi um tremor bem forte, na hora a gente só pulou no chão e deu graças a Deus que a gente pôde levantar com vida”, disse o trabalhador Enilson dos Santos Gomes à TV Anhanguera/Globo.
O foguete caiu na plantação no dia 11 de maio deste ano. De acordo com o Exército, o artefato desviou da rota programada. Segundo as Forcas Armadas, todas as medidas de segurança foram tomadas, e a causa do incidente será investigada.
Curso de operação
O Comando Militar do Planalto (CMP) informou que tudo ocorreu quando um dos foguetes lançados em um exercício militar do Curso de Operação do Sistema de Mísseis e Foguetes, se desviou da rota.
Em nota, o CMP informou que investigará o incidente juntamente com a Avibras Indústria Aeroespacial, empresa que desenvolve e fabrica produtos e serviços de defesa.
“Após o incidente, a equipe de instrutores e monitores, acompanhados da equipe médica do exercício, compareceu ao local do impacto, onde constatou não haver vítimas ou danos materiais. O exercício foi planejado para ocorrer dentro dos limites do Campo de Instrução de Formosa (CIF), tendo sido adotadas todas as medidas de segurança. O Exército Brasileiro e a Avibras já estão trabalhando nas investigações”, disse o CMP.