Começou nesta segunda-feira (15), o julgamento dos réus Mário Barros do Nascimento e Cátia Barros Rabelo, acusados de terem envolvimento na morte de Fabiana Pires Batista e do filho dela, Gustavo Henrique, de apenas 7 anos. O crime foi descoberto na tarde do dia 21 de outubro de 2019.
Segundo as investigações, os réus planejaram o crime para roubar o bebê da vítima, que ainda estava no ventre de Fabiana.
O julgamento está previsto para finalizar na terça-feira (16), quando júri, composto por quatro mulheres e três homens, vão decidir se os réus são culpados pelo crime ou não. No final, o juiz dará a sentença dos acusados. A sessão é aberta ao público.
O primeiro a ser ouvido foi o taxista que levou Cátia para o garimpo, em um barco. Ele disse que durante o trajeto a acusada o tempo todo tentava se esconder usando o colete salva vida.
Logo depois, foi a vez da vizinha de Cátia ser ouvida, que trabalha na área da saúde. Ela relatou que no dia do crime, um dos filhos de Cátia teria enviado uma mensagem para ela, através do celular da Cátia, pedindo sete pares de luva, dizendo que era para um trabalho de pintura que ele iria fazer para a escola.
Minutos depois, segundo a vizinha de Cátia, o filho da acusada voltou a falar com ela, dessa vez pessoalmente, pedindo um bisturi. “Ele disse que era para tirar os pontos do ferimento do irmão”, relatou a testemunha.
O julgamento vai prosseguir durante o dia inteiro, onde outras testemunhas serão ouvidas. Para o júri foram destacadas 18 testemunhas.
O júri acontece no Fórum Geral César Montenegro e é presidido pelo juiz Áureo Virgílio, localizado na região central de Porto Velho.
Os crimes
O assassinato teve ainda a participação de adolescentes, que teriam contribuído para a morte das vítimas, cujos corpos foram encontrados em um loteamento no bairro Cidade Nova, na zona sul da capital. O filho de Fabiana foi encontrado morto em um lago. Já o corpo de Fabiana, foi encontrado enterrado em uma cova rasa, na mesma região onde o filho dela estava.
A irmã de Fabiana, juntamente com os demais envolvidos, arquitetaram as duas mortes.
As investigações apontaram que o roubo do bebê teria como finalidade enganar um garimpeiro, visto que a ré Cátia, estava simulando uma gravidez. A criança, que estava no ventre de Fabiana, sobreviveu e foi encaminhada para adoção.
Os réus Cátia e Mauro poderão responder por homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores.