spot_imgspot_imgspot_img

Complexo Soja bate recorde de receita nas exportações ao alcançar US$ 50 bilhões nesta 5ª feira.

Com tímidas oscilações entre os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (22) e o mercado encerrando o dia com baixas de 3 a 4,25 pontos apenas, os destaques deste quase final de semana são as exportações do complexo soja brasileiro que alcançaram o recorde de US$ 50 bilhões. A oleaginosa em grão e seus derivados continuam sendo alguns dos principais itens da pauta exportadora do país, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

“Esse é recorde histórico das exportações de soja, do complexo soja”, diz. E Brandalizze explica ainda que os negócios que têm sido registrados nestas últimas semanas são focados, justamente, nas exportações, uma vez que as indústrias nacionais estão abastecidas, pouco presente no mercado para novos negócios.

De acordo com os últimos números divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) na segunda-feira (19), com dados contabilizados para setembro, o Brasil já havia embarcado 2,571,2 milhões de toneladas de soja em grão, levando o acumulado no ano a 69,6 milhões de toneladas. Embora o total das exportações de 2022 seja, em volume, menor do que o do mesmo período do ano passado, quando eram 74,8 milhões de toneladas – os bons preços praticados até aqui resultaram neste recorde em divisas geradas à economia brasileira.

Ainda segundo o consultor, as exportações de soja do Brasil poderão alcançar algo entre US$ 55 e US$ 53 bilhões, se confirmando, mais uma vez, como o principal produto exportado pela nação. Assim, são mais de R$ 250 milhões de janeiro até agora que “têm ajudado a a economia brasileira andar e sair da pandemia e da crise que o mundo vem passando”, afirma.

Apesar da demanda externa, ao menos por agora, estar mais concentrada nos produtos argentino e norte-americano, ainda é forte também para a soja brasileira, o que se traduz em prêmios que permanecem fortes nos portos nacionais. “Os prêmios vinham caindo, mas hoje ainda dá chance de 200 (cents de dólar por bushel sobre Chicago) e 180 para novembro”, explica Vlamir Brandalizze.

Assim, as boas oportunidades precisam ser aproveitadas pelo produtor brasileiro, principalmente, porque os preços mais a frente poderiam sentir a pressão da chegada efetiva da nova oferta americana ao mercado e do avanço do plantio no Brasil.

+ Notícias

Últimas notícias